Resumo

No final de 2022, houve uma grande disrupção tecnológica que, até agora, nos fez deixar de lado temas tão interessantes na educação como o metaverso, o blockchain e até a internet das coisas, que dominavam o cenário tecnológico em diversos setores. Este facto foi o surgimento da Inteligência Artificial baseada em modelos de utilização, como o reconhecimento e geração de textos, contextos e imagens a partir de perguntas simples.

Este artigo enfoca a estratégia acadêmica de utilização de LLMs (Large Language Models) como um dos redutos da inteligência artificial mais utilizados atualmente para a geração de textos, imagens e conteúdos de todos os tipos, a partir da simples expressão de prompts.

Os casos de uso aqui apresentados tentam desencadear estratégias didáticas, mediando o conhecimento dos alunos, a partir de dinâmicas próprias de consulta a estes modelos de inteligência artificial, proporcionando uma apropriação particularizada, apesar de serem construções comuns, no quadro dos recursos solicitados. nas disciplinas de Gestão da Informação e Gestão do Conhecimento, pertencentes ao Departamento de Informática Educacional, da Faculdade de Engenharia e Ciências Básicas de Areandina.
O exercício resulta do pedido da reitoria académica para partilhar as experiências surgidas com a utilização destes instrumentos junto da comunidade educativa e, a partir disso, uma série de iniciativas destinadas a mostrá-las, incluindo uma Fórum de muito sucesso e palestras sucessivas em todo o espectro de interações universitárias.

Palavras chave

Inteligência Artificial, Modelos de Linguagem Estendidos, Console de Texto, Chat

Introdução ou Contexto Geral

Aqui analisamos o potencial do ChatGPT, um modelo de linguagem alimentado por inteligência artificial, para transformar a educação. O departamento de Informática Educacional de Pereira, Colômbia, tem utilizado o ChatGPT em diversas disciplinas, com resultados positivos.

Na área de algoritmos, tem permitido aos alunos transformar problemas de algoritmos em código de programação de forma mais intuitiva e eficiente. Isso economiza tempo e dá aos alunos uma compreensão mais profunda dos fundamentos do algoritmo. Na análise numérica, o ChatGPT ajudou os alunos a compreender modelos matemáticos e como eles se aplicam em situações reais. A ferramenta fornece respostas precisas e se adapta ao nível de conhecimento do aluno.

Na disciplina Conhecer, tem sido utilizado para a criação de materiais de estudo, como questionários e testes. Isso economiza tempo dos educadores e permite uma ampla diversidade nos tipos de perguntas. Além dessas aplicações específicas, o ChatGPT tem potencial para revolucionar a educação de diversas maneiras. Por exemplo, pode ser usado para resolver problemas de matemática, gerar conteúdo de ensino de idiomas e criar materiais de estudo visuais.

No entanto, a utilização da inteligência artificial na educação levanta uma série de questões éticas e pedagógicas. É importante abordar preocupações relacionadas com a privacidade, a segurança dos dados e a equidade no acesso a estas tecnologias. Além disso, a dependência excessiva da inteligência artificial na educação levanta questões sobre o papel contínuo dos educadores e da interação humana no processo educativo.

Metodologia

É discutida a importância de fazer perguntas objetivas e fornecer contexto para melhorar a eficácia da comunicação com IA.

A tecnologia LLM, baseada em modelos de linguagem avançados, revolucionou a forma como interagimos com as máquinas. Porém, para aproveitar ao máximo essa tecnologia, é fundamental fazer perguntas com um propósito claro. Perguntas intencionais são aquelas feitas especificamente, permitindo que a IA entenda a intenção do usuário e, assim, forneça as respostas mais úteis. Em vez de fazer perguntas ambíguas ou gerais, é mais eficaz fazer perguntas como “Quais são as tendências atuais na implementação da inteligência artificial no ensino superior?”

A studing watchin his phone — Foto: Fernando Naranjo

Além de fazer perguntas objetivas, também é importante fornecer contexto. Isso ajuda a IA a entender a intenção do usuário e a gerar respostas mais específicas e relevantes. Por exemplo, na pergunta acima, poderia ser fornecido um contexto adicional, como “Isto fala da perspectiva de um professor do ensino superior”. A interação com a IA está em constante evolução. A função de “Engenheiro de Prompts” é um exemplo de como os usuários podem otimizar sua comunicação com IA para obter resultados mais eficazes e precisos. Este profissional se dedica a refinar as perguntas feitas à IA, fornecendo exemplos de contexto que guiam o chatbot na direção desejada.

É importante ressaltar que, embora o profissional de IA possa melhorar a interação com a ferramenta, isso não substitui um conhecimento profundo dos usuários. Toda tecnologia tem suas limitações e não pode substituir o conhecimento humano. A interação bem-sucedida com a IA depende da colaboração eficaz com os usuários que a alimentam.

Discussão dos resultados

São identificados três desafios principais:

A relevância das tarefas tradicionais: a IA pode automatizar muitas tarefas que eram tradicionalmente atribuídas aos alunos, como resolver problemas matemáticos ou escrever redações. Isto levanta a questão de saber se estas tarefas ainda são relevantes num ambiente educativo orientado para tarefas.
Papel dos professores como guardiões da originalidade: a IA pode gerar conteúdos de forma eficiente, levantando preocupações sobre a originalidade dos trabalhos académicos e a possibilidade de plágio. Isto levanta a questão de saber se os professores deveriam assumir um papel mais activo na detecção e prevenção do plágio.

A necessidade de desenvolver novas metodologias de ensino: a IA oferece a possibilidade de personalizar a educação, adaptando-a às necessidades individuais dos alunos. Isso exige que os educadores desenvolvam novas metodologias de ensino que aproveitem ao máximo seu potencial.
Conclui-se que a disrupção causada pela IA no ensino superior é inevitável. Para aproveitar as oportunidades que a IA oferece, é essencial que educadores, instituições e estudantes se adaptem às mudanças.

Conclusões

Na análise da utilização do ChatGPT na área educacional, são identificados grandes benefícios:
Ajuda a superar o bloqueio criativo e a procrastinação. O ChatGPT pode gerar ideias e conteúdos de forma rápida e eficiente, o que pode ajudar os alunos a superar a falta de inspiração ou motivação. Mas também pode gerar conteúdo com certo contexto de originalidade, já que é treinado em um grande corpus de texto e código, o que lhe permite gerar conteúdo de alta qualidade.

No entanto, o autor também aponta que o ChatGPT pode ter algumas desvantagens se não for usado corretamente: pode fomentar a dependência e o desligamento. Os estudantes podem tornar-se dependentes de LLMs, o que pode levar à falta de esforço e reflexão, além disso, como mencionado anteriormente, pode ser difícil detectar plágio, ou distingui-lo de texto escrito por humanos, o que levaria a problemas de integridade académica.

Argumenta-se que a IA, nas suas vertentes LLM, pode ser uma ferramenta valiosa no campo educacional, mas é importante utilizá-la de forma responsável. O ChatGPT deve ser utilizado como complemento, e não como substituto, da criatividade e da reflexão crítica.

Obrigado

Sem prestar atenção aos atores que nos acompanharam neste itinerário, são mencionadas algumas de nossas equipes que consigo lembrar com mais clareza, a família da Informática Educativa Pereira, os parceiros da Informática Educativa Bogotá, o apoio vital da Faculdade de Engenharia e Ciências Básicas, aos nossos amigos líderes no Desenvolvimento do Ensino, sempre nos impulsionando para mais conquistas na construção da didática e, principalmente, ao nosso Vice, arquiteto e promotor de iniciativas inovadoras, a todos e aos que ainda não foram mencionados , obrigado, obrigado, obrigado…

Referências

OpenAI. (2022, November 22). Chatgpt. ChatGPT. https://openai.com/chatgpt
Google. (2023, May 15). Bard – chat based AI tool from Google, powered by Palm 2. https://bard.google.com/chat
Araque-Peñaranda, A., Rodríguez-Hernández, J., & Rodríguez-Hernández, Y. (2023). ChatGPT en la educación: Análisis de su potencial y limitaciones. Revista de Investigación Educativa, 41(1), 1-22. doi:10.22201/ie.20072872e.2023.1.7244
Cano, M., & García-Peñalvo, F. J. (2022). ChatGPT: Un modelo de lenguaje para la educación. Revista Complutense de Educación, 33(1), 155-170. doi:10.5209/rcedu.65071
García-Peñalvo, F. J., & Cano, M. (2022). ChatGPT para la formación docente. Revista de Educación a Distancia, 27(63), 1-20. doi:10.6018/red/374501